#TermômetroOscar2016: A Grande Lista Final


Olá, meus idealistas cinéfilos.
Peço mil perdões pela última lista sai tão em cima
da premiação, mas as últimas semanas foram bem corridas.
Mas não desisti não, vamos aos últimos vistos e indicados do Oscar.
TAN TAN TAAAAAN

Aos desinformados, venho lhes lembrar que o Oscar acontece neste domingo (28), ás 20h30. Pode ser visto através de canais pagos ex.: TNT


21. Anomalisa

   Uma animação de teor cômico-dramático-romântico, dirigido por Charlie Kaufman e Duke Johnson. Que conta a história de um escritor/palestrante, Michael Stone.
   Uma produção que traz uma temática oposta do que as animações venham a propor. O roteiro consegue nos mostrar de forma clara, como seria o nosso mundo, como estamos vivendo em sociedade através dos olhos de Michael, um personagem com uma visão diferente dos demais e tem um modo de ver a vida muito monótono, padrão e igual para ele nada é diferente, o que chega a ser irônico por trabalhar dando palestras motivacionais. Mas temos um fator muito importante e que é retratado no filme de uma forma sútil pelo diretor, tão sútil que se não prestar atenção passa completamente despercebido e talvez o filme lhe passe uma outra ideia.
   O nosso personagem principal possui a Síndrome de Fregoli , - vamos a uma explicação rápida -(o indivíduo acredita que está sendo perseguido por pessoas conhecidas, como parentes, amigos ou colegas. Embora o indivíduo seja capaz de reconhecer as pessoas, ele acredita que os seus conhecidos ou pessoas próximas o tenha enganado, ou então, que estão disfarçadas, mudando, na realidade, sua aparência física, sendo ainda a mesma pessoa internamente.) Fonte: http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-fregoli/ . - depois desse breve parentese, vamos voltar ao texto- 
   
   Sendo assim a obra gira em torno de toda essa temática, e a forma como se foi escolhida para retratar isso, é simplesmente brilhante: personagens idênticos fisicamente e com a mesma voz, independente do gênero. Os únicos personagens que fogem ao padrão é o próprio Michael e as pessoas que lhe são interessantes, com algum diferencial, ou seja, anormais . 
   E ai chegamos ao nome dado a produção, ou quase, para completa-lo precisamos de mais um fator, chamado Lisa. Michael conhece Lisa e se interessa instantaneamente por vê-la diferente do padrão denominado por ele. Sua forma física, sua voz, sua forma de pensar e agir mostram a real Lisa e a partir daí temos o relacionamento mais real e próximo da realidade, o que muitos filmes hollywoodianos tentam fazer, mas apenas idealizam o relacionamento perfeito.

  Em Anomalisa, temos presentes todas as nuances de um relacionamento, desde o conhecer e do saber o que falar, das inseguranças, dos conflitos, do momento da primeira relação sexual e a estranheza do não conhecer o parceiro e o próprio corpo, a timidez, o fazer planos, e a rotina. Tudo isso vivido em apenas alguns segundos e sem sair de um quarto de hotel.
  Com uma fotografia poética e com uma técnica que a dúvida entre são bonecos, misturados com pessoas? Brilhante. Um stop-motion muito bem produzido e que vale muito a pena ser apreciado +5

22. Joy
   Mais uma produção de David O. Russell, protagonizado -um doce pra quem acertar- por Jennifer Lawrence, Bradley Cooper e mais umas outras figurinhas relevantes.
    Um roteiro biográfico -esse é o ano biográfico do Oscar- que conta a história de Joy Mangano, uma empresária norte-americana que passou por milhões de coisas até conseguir ser vista como queria (sim, temos aqui uma história de superação feminina). Russell certamente prestou atenção no mundo, afinal feminismo está em alta e em pauta atualmente.
   Mas... infelizmente em uma história que tinha tudo pra ser bem contada e gerar empatia, temos aqui uma grande questão: O QUE DAVID O. RUSSELL FEZ? Sim, do inicio ao meio do filme temos uma total desorganização. Uma grande gama de conteúdo e muitos nadas, muitos porquês não respondidos, muitos cortes e haja corte, já disse que teve infinitos cortes?. Ai você me diz "Ah, Tay é a estética dele, o estilo". Nem isso rolou, uma estética mal estudada, pelo simples e único fato de você não ter tempo de gerar empatia com a personagem de JLaw, você não tem tempo de se importar "será que ela vai conseguir? ou Tadinha, ela não tem tempo pra si". Se a intenção dele foi nos passar que a rotina dela é tão corrida a ponto de não se ter tempo pra explicar e viver o minimo. Ok, até diria que seria uma dentro, se ele tivesse feito de um jeito melhor, que fizesse cortes mas faça com consciência. O que parece foi que a produção era de duração de 5h e ele teve que reduzir pra 2h4min, é a única saída era reduzir o inicio que era totalmente descartável. Pra mim uma imensa falha de roteiro e direção, principalmente.

  Mas calma, na metade pro fim melhora. Acredite!

  Quanto a atuação, acho que JLaw foi O.K, mas se pararmos pra pensar nos filmes em que ela concorreu, esse é faz o seu papel muito bem. Apesar de achar que no momento em que Bradley Cooper aparece, a sua atenção se volta totalmente pra ele, a atuação dele se sobressai mais que de Jennifer Lawrence. Ele literalmente rouba a cena!

  Achei um filme super-valorizado, não acho que mereça esse burburinho todo que a Academia costuma fazer, sobre "Nossa!Que Filme". Sinceramente, pra mim está ao nível de Boyhood , do ano passado.

23. As Memórias de Marnie
   Uma produção -do lindo- Studio Ghibli, e baseado no romance "When Marnie Was There" de Joan G. Robinson, a animação foi escrito e dirigida por Hiromasa Yonebayashi, E para a tristeza de muitos de nós esse foi o último filme de produção do Studio.
     O filme conta a história de Anna, uma garota adotada que sofre de doença asmática e é mandada para o interior, para curar sua doença, além de ser completamente fechada e sem amigos.
   O roteiro segue a linha dos tantos filmes do Studio, se nota a semelhança com várias produções, o contexto familiar, a ausência de algum parente ou pessoa próxima/especial a personagem, o uso dos contos e fabulas para expressar uma moral, um rumo bem Ghibli que estamos acostumados. Em muitos momentos percebemos a complexidade da personagem Anna e de sua inseguraça, junto com o mistério que envolve a coadjuvante Marnie, em muitos momentos a dúvida de que as duas possam ser um casal é bem notável, até pelo fato de na cultura japonesa isso ser bastante comum o amor em suas várias vertentes. A conexão de Marnie e Anna é totalmente transparecida na animação, o que deixa o telespectador com a dúvida do "será que tem algo além de uma forte amizade?"; "Qual o mistério por trás de Marnie?", mas o roteiro peca um pouco no excesso de conteúdo e de mostrar detalhes, o que deixa o filme cansativo e longo, porém não perde o encanto e o mistério.
   Indico aos que gostam do estilo da animação e da forma de contar histórias tão peculiar do Studio, se você gostou e apreciou filmes como: Meu Amigo Totoro, O conta da Princesa Kaguya, Vidas ao Vento, O Castelo Animado, Ponyo - Uma amizade que veio do mar (...)
   Pra mim esse filme merece ser visto pela sua beleza de traços e escolhas fotográficas e pelo seu enredo educativo, reflexivo e de uma moral sensacional.

24. AMY
  O primeiro documentário da lista, AMY, realizado por Asif Kapadia, que retrata o incio da carreira de Amy e o seu fim. Um dos documentários de artistas mais belos que já pude assistir, retrata a personalidade, o jeito, as atitudes, seus vícios e seu amor tão intensamente que transpassa a você a vida que ela teve. Nota-se a ingenuidade e a forma natural que ela tratava a música, onde tudo o que lhe interessava era cantar seu blues jazz, viver sua música e tocar as pessoas que a escutavam. Nos mostra uma Amy, que talvez não imaginávamos, completamente frágil e ciente de que o vicio lhe traria grandes problemas.
  A montagem do doc. com cenas de backstages e videos caseiros nos mostram a transparência de Amy, juntamente com sobreposições de letras dos seus grandes sucessos, ao passar das imagens. Entrevistas emotivas, sinceras e contando a simplicidade de Amy. Impossível não se envolver, se emocionar e tentar imaginar que tudo poderia ter sido diferente, certamente uma belíssima homenagem e uma forma sensacional de matar a saudade, e descobrir um pedacinho que faltava de Amy.
 Aos que se interessaram, aviso os desavisados que está disponível na Netflix.

25. Ex-Machina
   Peço mil perdões por finalizar essa lista faltando alguns filmes a serem comentados como o tão comentado Ex-Machina, escrito/produzido e dirigido por Alex Garland, sendo o filme como sua grande estreia como diretor 
   O Oscar se aproxima, e ando enfrentando alguns probleminhas que me impossibilitaram de concluir essa lista a tempo. Mas de antemão digo para assistirem Ex Machina pela atuação impecável, segundo os críticos, de Alicia Vikander. O que pra mim não é a única que merece ser comentada e ressaltada consta no elenco, também, dois outros atores que se destacaram esse ano e merecem total respeito Domhnall Gleeson, - que se mostrou um grande ator em várias vertentes tantas que nem se percebe que é a mesma pessoa, ele esteve presente em muitos filmes indicados como Star Wars: O Despertar da Força; Brooklyin; O Regresso e, é claro, Ex-Machina - e outro que merece ser citado é Oscar Isaac - que fez O Ano mais Violento e o atual e queridinho Star Wars: O Despertar da Força-.
   Ah sim! vale ressaltar aqui, as poucas cenas vistas por mim, que achei a fotografia e as escolhas de plano e movimentação de câmera muito bem feitos, não sei se foi só na cena que pude apreciar, mas.. fica aqui minha ressalva. 


Sendo assim...
Informo que chegamos ao fim dos indicados desse ano,
desejo a todos um ótimo programa Oscar, seja vendo sozinho,
com os amigos, com a família, pela Globo, pelo canal pago, Online
ou vendo a transmissão de Tiago Belotti.
Um bom Oscar, uma boa vibração ao nosso DiCaprio <3
vamos lá!











Nenhum comentário:

Postar um comentário